A canção começa com uma mistura intrigante de texturas e ambiências. Ao passo que a presença maciça do chiado lhe confere certo grau de crueza, um sonar agudo sintético lhe dá uma sensibilidade um tanto dramática e visceral. Abraçando tudo isso, está um senso denso de melancolia envolta em um urbanismo noturno de aparência marginal.
Assim que o primeiro verso se inicia, o ouvinte é embebido no surgimento de subgraves que inserem, no contexto rítmico, uma precisão elevada através de seus punchs estridentes que chegam a fazer o ecossistema sofrer leves tremores. Junto a ele, o chimbal sincopado acaba dando, também ao escopo rítmico, mas, principalmente, ao contexto geral da obra, uma boa noção de movimento.
A partir desses elementos, o que o espectador tem em mãos é a percepção indubitável de que 10th Grade consiste em uma canção imbuída na roupagem do rap. Essa constatação é confirmada no momento em que 7Z Maxi entra em cena com seu timbre agridoce. Por meio dele, o cantor começa a desenhar o enredo lírico sob uma cadência inquestionavelmente dentro do universo hip hop. Garantindo uma linguagem figurativa e teatral, o rapper faz, da canção, um esplendor de paraíso. Por meio de tal estratégia, não é difícil que o ouvinte se entorpeça e tenha lapsos nostálgicos.
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