Álbum “Leash” de The Hate Club fragmentando mecânicas sociais com novas percepções da existência

Emanando no ambiente uma intensa fragrância que induz a transformação mental, enquanto brinca com conceitos e observações da vida, as 8 faixas do álbum “Leash”, penetrarão pelos poros deixando um irresistível sabor adocicado impresso no paladar, tudo graças aos esmeros da banda ucraniana The Hate Club.

Um néctar provido de acordes vigorosos de guitarra, linhas de sintetizadores e um vocal abrasador, se colocam em tons dotados de energia para motivar o movimento, sobre uma base serena que instiga e nos convida a degustar cada uma das canções, sem pausas ou arrependimentos.

Formulando uma interessante galeria de ideias e inspirações, o álbum surge com conceitos que rompem as limitações impostas pela mecânica social, se elevando das profundezas do subconsciente para remodelar os alicerces do vemos e aprendemos.

Os versos encaminham os pensamentos para as janelas sensoriais, antes desprezadas, permitindo um vislumbre de ângulos existências que muito surpreendem, especialmente ao nos darmos conta das verdades transmitidas, a faixa título Leash é um ótimo exemplo dessa potência.

De modo que agrada os sentidos de todos, até dos seres que não costumam apreciar o gênero do hard rock, heavy metal e afins, a construção rítmica soa positivamente nos ouvidos, pois seu poder de hipnotizar, está marcado em uma camada que percorre toda a obra, inquietando e instigando a necessidade por mais informações.

Mas não se engane, o ímpeto imortal trabalhado aqui, é, sim, colossal, não perdendo em nada para composições mais tenras, ao contrário, investindo com maior facilidade na percepção da plateia, conectando suas almas para sempre ao jogo elemental.

Cada faixa imprime sua própria personalidade, nunca fugindo do padrão estabelecido, mas reluzindo em cores exclusivas, como, é o caso de Forgive My Sins, entre outras, que apresenta uma batida modelada em estruturas mais eletrônicas e dimensionais, que dão maior ênfase aos poderes sonoros.

Podemos, também, observar o crescente uso de tintas metalizadas e alusivas nos fluxos de S.I.C.K., G-Man, This Is the End, Shelter in Your Hands, Where I Need to Be e Bury You, as outras faixas que dominam a experiência.

Algumas questões que nossa mente já teimou em marcar, podem ser respondidas por essas narrativas, afinal, todos já se perguntar sobre coisas estilo “Black Mirror”, série televisiva que aborda temas obscuros e satíricos do “e se…”, e os quadros musicais pintados aqui, podem avivar e direcionar as ideias em questão.

Quebrando expectativas e trilhando os caminhos musicais de sua própria maneira, essa obra te convida a saborear mais texturas e essências de som, mostrando que existem ainda muitas formas positivas de fazer a música dominar os sentidos.

Leash” um álbum que cria campos de energia e poder para a mente se aprimorar e sucumbir.

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