A sueca Sara Möller é aquele tipo de artista que, além do talento que possui, sabe muito bem o que está fazendo, e situa-se como poucos. O que isso significa? Significa que ela sabe onde pisa e o que entrega, tanto que é enfática ao apontar as principais composições de seu novo disco, este “How and How”.
Isso pode parecer pretensioso, mas revela uma forte personalidade, até porque ela não faz rodeios, nem mesmo na objetividade de suas composições. São onze delas, onde ela entrega tudo de si em menos de quarenta minutos, aproveitando cada espaço que lhe foi dado e, melhor ainda, da forma mais natural possível.
Sara mergulha num jazz folk de arrancar suspiros, onde ela mantém a pegada durante todo o álbum, sem deixar a peteca cair. Ao lado de Mikael Augustsson, que produziu e tocou no disco, ela suga o ouvinte para dentro do imaginário álbum, do qual viajamos para épocas de ouro do jazz e folk com a qualidade que nos é proporcionada atualmente.
Sara aponta as faixas “It’s a Pity”, “You Gotta Live With It” e “I Like You in Every Way” como principais, e não está errada, principalmente em se tratando da primeira, que abre o disco de forma magistral. Porém, a introspectiva e misteriosa, “Letting It All Go”, o blues enraizado de “Deportation Blues” e a magnifica faixa título com seu forte refrão merecem atenção.
‘discovered and supported via Musosoup #sustainablecurator’
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