Jason Smith, criador do Night’s Bright Colors, iniciou esse projeto há vinte anos em Asheville, Carolina do Norte (EUA). Este álbum autointitulado é o terceiro disponível nas plataformas de streaming, pois ainda neste ano saiu “Love in the Asylum” (versão remasterizada) e “Palette (2007-2017)”. O álbum “Night’s Bright Colors”, na verdade, é um compilado de lançamentos anteriores deste compositor e multi-instrumentista. Embora Smith realize um ótimo trabalho em estúdio para fãs de indie-pop, o artista também compõe músicas para o cinema, televisão e teatro. Dessa forma, tudo que você escuta aqui é feito com a qualidade e dedicação de uma superprodução.
Com uma melodia doce e relaxante, “Amphetamine” abre o álbum que possui mais dez músicas. Posteriormente, em “Group Therapy”, o clima fica um pouco mais embalado com ótimos arranjos e uma instrumentação mais pegante. Em seguida, “One Star Saint” que também está relacionada no álbum de 2017 em uma versão um pouco mais distinta, apresenta um andamento cadenciado bem encaixado, com uma atmosfera livre e encaixada. Curiosamente, “Penelope Tree” está na mesma sequência do ‘debut’, mas assim como todas as versões deste álbum, ela está mais atrativa, viva e com uma sonoridade perfeitamente cristalina. Isso prova que o trabalho de produção é tão artístico quanto a própria composição.
Semelhantemente a um disco de música romântica, “Night’s Bright Colors” possui várias baladas. Na verdade, todas as músicas soam como consolo aos nossos ouvidos assim como em “Pollenaise”, que é a canção mais curta do repertório. No entanto, essa também possui uma sutileza de rock progressivo que nos remete aos anos setenta. Porém, o clima vintage é quebrado por “The Popular Girl”, uma música que faz parte da ala mais agitada da obra. De maneira idêntica, “Birnam’s Holiday” não deixa cair o clima e desponta com mais dose de alto-astral.
Em “The Art of Misdirection” os riffs de guitarra são mais fortes e presenteia o ouvinte com um eletrizante rock and roll. Contudo, essa vibe fica mais lapidada com “Secret Smile” que tem solos perfeitos e ritmo cadenciado. No entanto, “Portland”, que é a maior do álbum com pouco mais de cinco minutos de duração, traz de volta aquele clima sereno lá do início deste trabalho. E para finalizar com chave de ouro, “Blush” é aquela canção rica em melodia, com pontes harmoniosas inteligentes e um toque delicado essencial nos arranjos. Em resumo, “Night’s Bright” é um álbum majestoso cheio de simplicidade e complexidade encaixadas em seu tempo, para que esta obra espetacular não seja um disco burocrático.
Confira “Night’s Bright Colors” pelo Spotify.
Para saber mais sobre o Night’s Bright Colors visite o seu site oficial aqui.
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