Brighton, distante uma hora de Londres (ING), é a cidade que vive a cantora Katja Macabre, uma artista dedicada à luta contra a homofobia, violência doméstica, opressão e tudo que limite a voz dos menos favorecidos. Neste ano, lançou dois singles, embora a sua discografia seja mais extensa. Como resultado, as canções “Mother of God” (2023) e “Compliments” (2022) obtiveram excelente repercussão pelos impactos causados nas mensagens e pelo estilo agressivo de Katja, que não economiza verbo para por abaixo todo resquício patriarcal, ao mesmo tempo que encoraja aqueles mais excluídos. Para ampliar o seu poder de manifestação, agora está liberado o single “Brains”.
“Minha música é para quem não sente que tem voz própria, para falar por quem se sente sozinho e para inspirar pessoas em situações difíceis a se levantarem e assumirem o controle de quem são”, declara Macabre. Para complementar o grito hostil da cantora inglesa, suas músicas são compostas por variações que vão do techno ao rock, assim também como do punk ao heavy metal. Com abordagem moderna, sem abrir mão de recursos tradicionais, como riffs pesados e melodia seguindo um padrão harmônico, a britânica sai construindo climas perfeitos para acamarem os seus versos.
“Brains”, que é um single lançado pela Def Valley Records fala sobre a relação de dois personagens marcada pelo abuso sexual, onde a parceira se vinga dos mal tratos com requintes de perversidade. Apesar de a música ser curta, com apenas dois minutos de duração, ela traz, além de tudo, um tema tão chocante quanto necessário e, possivelmente, será mais uma que conquistará recepção igual as suas antecessoras. Formada por camadas pesadas de sintetizador e uma melodia vocal marcante, “Brains” é uma verdadeira motivação para várias mulheres ao redor do mundo que sofrem em suas relações, se desprenderem de suas amarras.
Para quem deseja se aprofundar, a canção ganhou uma versão em videoclipe que você pode conferir pelo YouTube. Nesta versão, Johnny e Barbara que são os protagonistas, encenam como nos filmes antigos de horror, como os da franquia “Night of The Living Dead”, do diretor George A. Romero. As cenas, cores, sangue e até o estilo zumbi foram feitos por influência desse e de outros clássicos do cinema. Com este trabalho, é difícil não querer conhecer mais sobre esta cantora que não impõe limites a sua arte e, mais do que isso, se destaca com verdadeiro talento.
Ouça “Brains” pelo Spotify:
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