Seu início tem um viés místico misturado com toques de velho oeste. Afinal, por meio de seus sonares sintéticos, o ouvinte consegue vislumbrar, diante de seus olhos, uma paisagem desértica em pleno crepúsculo do amanhecer. Entre o orvalho se dissipando pelo calor da claridade nascente, a neblina assume tons violetas, enquanto, atrás das montanhas rochosas, o Sol começa a se mostrar em sua majestosa forma vermelha e fervente.
Melodicamente, o indie rock confirma uma grande amizade com o blues rock e o folk até que uma voz de timbre sussurrante e levemente metálico completa as linhas sonoras de Heaven’s Online. Firmando uma melodia mista que, além dos gêneros já citados, abraça um punk-new wave ao estilo Billy Idol misturado com David Bowie, a canção, ao atingir sua plenitude, faz com que o ouvinte se perceba em plena paisagem noturna de uma Berlim dos anos 70, com vastas casas noturnas e uma infinidade de meios por onde experimentar os efeitos do LSD, do lança perfume e do êxtase.
A partir daí, não é de se admirar que Heaven’s Online consiga transpirar uma rara coleção vintage proveniente do leste europeu. Não se admira que o espectador se sinta entorpecido, mas ao mesmo tempo instigado para dançar. Uma canção de estética puramente amorfinada que recria um intenso clima de uma noitada europeia dos anos 70.
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Intagram: https://www.instagram.com/thewalkingwho/
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