Este é o primeiro álbum completo que o novaiorquino David Polanco lançou sob o nome do projeto Subway Rat. O músico estadunidense é um verdadeiro camaleão da música, tendo como influência nomes que vão do rock ao pop. O disco chamado “Stand Clear Of The Closing Doors”, possui doze faixas que começam pela música “Tell Me What To Do”, que é meio ácida em seu apelo pop. Em seguida, surge “Rendezvous” que foi um single lançado no começo de 2023. O seu ritmo não chama tanta atenção como “Schoolyard Crush”, que possui um clima de discoteca do começo dos anos oitenta.
Por falar em anos oitenta, a new wave que saiu do Reino Unido e tomou conta das rádios e arenas daquela época, é uma das referências vivas aqui com canções como “Tomorrow” abençoando boa parte do álbum. Apesar disso, o post-punk de músicas como “How Much Was My Fault?” também fazem a diferença. Mas não ponha muita expectativa, pois essas coisas são só referências. O que há de melhor no estilo de David é o seu estilo próprio. Essa peculiaridade também está marcada em “Espresso Martini”, que busca um apelo mais comercial na instrumental altamente groove, com toques sutis de guitarra.
A acidez está de volta em “Mouth 2 Mouth”, com uma melodia mais fechada da introdução. Contudo, o clima se abre e a música se torna mais harmoniosa. Ao contrário da suingada “I Guess I’m Wrong”, que possui uma estrutura altamente agradável com um refrão grudento. Já em “V Day”, algo parecido acontece, mas o andamento pop da bateria, com belos arranjos de teclado suaviza a melodia. De repente, você se encontra em um transe musical até bem vindo, pois apesar da sonoridade meio complexa, você descobre com o tempo que tudo é questão de deixar se envolver.
Sim, porque quando chega em “Ruby’s”, você já descobre que está totalmente entregue a um som completamente inovador. E por ser peculiar, talvez algumas pessoas que só acompanham artistas da esfera streaming, poderão não compreender a proposta do Subway Rat. Nesse caso, passarão batido em músicas sensacionais como “Don’t Answer Me”. Ou mesmo em “LMK”, que encerra o álbum, mas deixa uma sensação de que algo grande desabrochou e precisa respirar. Portanto, se você é sensível o suficiente para perceber quanta beleza existe nessas músicas, você é felizardo por isso, pois no futuro você dirá a todo mundo: esse cara foi visionário.
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