O som opaco e encorpado do sintetizador surge com uma leve aceleração que o insere, despropositadamente, no universo do chiptune. Fluindo para uma ambiência de beat de mais fácil degustação, tanto a atmosfera da lounge music, quanto um synth-pop à la t.A.T.u, passa a figurar de forma madura na melodia, conforme o senso de tensão vai se aprimorando com a entrada de sonares sinteticamente estridentes.
De atmosfera levemente aterrorizante, de forma a incentivar o senso de insegurança no ouvinte, Vengeance, conforme vai amadurecendo, assume uma energia infecciosa e torna o sonar linear do sintetizador um artifício sedutoramente hipnótico. Promovendo um cenário de puro sci-fi, a faixa que serve como meio de lançamento oficial do Lockdown estimula, no ouvinte, uma espécie de dança robótica.
Apesar de ser abraçada por uma essência sombria e tenebrosa, Vengeance é uma canção que pode, sem dificuldade, ser incluída em playlists focadas tanto em atividades físicas ao ar livre, em academias, como também para servir de trilha sonora de partidas infinitas de RPG. Agraciada por um beat preciso, a faixa acaba soando como um embate entre seres humanos e humanoides, bem como entre humanos e criaturas extraterrestres. Uma obra de cenografia mista, mas de inegável incitação à dança.
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