O início é regido por um suspense curiosamente atormentador e excitante. Já comunicando sua experimentação no universo da música pop, a canção, como que trazida por uma onda, cresce repentinamente em harmonia, quando o piano de notas graves entra em cena. Na companhia de uma voz aguda e nasal vinda de Janet Noh, a faixa-título não demora em demonstrar seu alicerce R&B. Se transformando e se estruturando de forma grave, Janet faz com que a faixa-título forneça ao ouvinte suas influências, que vão desde Jordin Sparks, passando por Alicia Keys e chegando em Miley Cyros. Enquanto isso, a canção vai ilustrando um caráter motivacional, empoderador e estimulante ao retratar um personagem superando a tristeza, tomando consciência e se desvencilhando da dependência emocional criada e objetivada e conseguindo se permitir se respeitar, se amar. Se autoconfiar.
De amanhecer capaz de recriar a atmosfera de Hotline Bling, single do Drake, em seus primeiros sonares, a canção oferece uma Janet desenhando o compasso lírico sob uma estrutura levemente mais acelerada que aquela da música anterior. Misturando o pop com traços do trap, Fast Line oferece uma interpretação lírica despropositadamente sensual e provocante, enquanto dialoga sobre uma paixão infrutífera que, além de fazer reviver um passado desgostoso, faz a personagem se respeitar a ponto de perceber que, para sua saudabilidade emocional, o melhor a fazer é se afastar.
Os dedilhares do piano não apresentam delicadeza, mas um compasso rítmico que, transpirado por notas agudas, comunica certo tom de deboche, ironia e comicidade. Na forma de um pop novamente flertante com o trap, Playing Dumb traz uma estrutura rítmico-melódica linear por entre suas pontuais sobreposições vocais. É assim que a canção traz um lirismo que conta a forma como o personagem lírico provoca e encurrala o outro para que ele assuma os motivos de estar agindo de maneira cínica.
Por meio de um violão de notas que desfilam um riff curto que denota a impressão de soar desafinado, All Love já vem arregimentada em um pop de estrutura moderna e dançante de maneira a fornecer uma breve semelhança estético-melódica com aquela desenhada pelo duo Nico & Vinz em seu single Am I Wrong?.
Do What You Want nasce com um dedilhar deslizante e delicado do piano, enquanto Janet vai se inserindo na camada melódica de forma tímida e paulatina. Com influências que vão de Ariana Grande a Camila Cabello, a canção é mais uma do EP a trazer o pop em evidência. Provocante, latina e dançante, a canção traz a personagem tomando um senso de independência a partir de sua liberdade em relação ao seu antigo comportamento de modo marionete, sempre agindo da maneira como os outros idealizavam. Não é por menos que existe, aqui, também, um quê de rebeldia em suas novas atitudes.
Em poucas, mas decisivas palavras, Love Me More é um EP em que Janet Noh aprende a se perceber mais, se permitir se sentir mais, se respeitar mais e se conhecer mais. É assim que ela se liberta de interferências comportamentais abusivas, assume as rédeas da própria vida, se independe das consequências morais de julgamentos infundados e chega ao ponto de conseguir, simplesmente, se amar mais e agir como quer agir. Ser quem realmente é.
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