Seu início é encantadoramente macio, leve e de um frescor quase transcendental. De delicadeza estonteante, a maneira como o violão faz ressoar as notas de suas cordas transpira grandes doses de delicadeza e sensibilidade. Apesar de ser construída, inicialmente, em uma estética linear, a melodia que exala do instrumento é de uma curiosa melancolia que é ampliada pelo timbre suave e de interpretação lírica levemente cabisbaixa vinda de Matt DeAngelis.
Crescendo em harmonia através de melismas e falsetes bem executados e de um súbito corpo proporcionado pela evidência do baixo na base rítmica, Free At Last se matura como uma canção tocante em cuja arquitetura sonora consegue, mesmo que de maneira sutil, rememorar aquela criada por Elton John em seu single Rocketman.
Agraciada, a partir de sua segunda metade, pela entrada da bateria em união a uma maior popularidade do baixo, Free At Last segue seu transcendentalismo delicado e de interessantes notas motivacionais que conseguem, inclusive, criar uma familiaridade harmônica com o estilo de composição de Jason Mraz.
Tocante e adocicadamente estimulante, Free At Last é uma canção que educa e instiga o ouvinte a compreender que não há nada que possa ser feito para mudar o curso já pré-definido da vida. Assim, ocorre a percepção legítima da confiança no destino e na compreensão de que os maiores deveres são estar próximo e de presença significativa ao nosso próximo em uma atitude altruísta.
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