Este projeto italiano foi uma ideia do músico e fotógrafo Marco Mercuriali com Mattia Mercuriali, ambos da banda Amycanbe. Infeizmente, enquanto marco cuidava da mixagem do álbum autointitulado, veio a falecer. Depois dessa trágica perda, o disco que seria um experimento coletivo com outros músicos, acabou se tornando uma obra póstuma em homenagem a Marco. Dessa forma, participaram das gravações Hannah Saunders, FRNQ, Nicola Biondi, Pieralberto Valli, Hellis, Cleats, Luca Parma, Emma Perrot, Enzo Moretto, Francesca Amati e Pieralberto Valli. O álbum traz na capa um coração, talvez fazendo alusão à parada cardíaca que levou embora o talentoso artista.
De acordo com a quantidade de membros convidados, “Ubu” o álbum, possui onze canções e todas elas são vestidas pelas influências de Marco. Produzido no estúdio ‘L’Amor Mio Non Muore’, em Forli (ITA), o full-length transmite em sua melodia um clima de gratidão e, ao mesmo tempo, de saudades. Lançado de forma independente, o disco procura homogeneizar ao máximo as músicas, pois os convidados dominam estilos diferentes. Deu certo! Todas as canções formam um baile de lindas melodias interpretadas por cantores de vocação admirável. Toda a produção e arranjos também estão de parabéns pela beleza.
Claro, são onze canções e algumas delas, pelo menos ao meu gosto, apresentam alguns destaques como a faixa que abre o dico, “Static”. Cantada por Hannah Saunders, a música já chega com personalidade conduzida por uma nota estática do piano e um timbre de voz poderoso. Pode-se dizer que esta é a execução mais intensa de “Ubu”, ainda que parte da canção seja formada por uma entonação mais suave, com um ótimo solo de guitarra de acompanhamento. Vale destacar também “Lost” de Pieralberto Valli, que é a última música. Com um vocal mais aveludado em cima de uma musicalidade mais ‘groovy’, a canção é marcante pelos seus arranjos.
Como quase todas as músicas são baladas provocantes de um sentimento purificado, cabe aqui notar a presença de Hellis em “Between The Bars”, cuja voz cristalina encanta qualquer ouvido que alcance. E a mesma magia segue inabalável com “Fall”, onde o Cleats rege a música de maneira extraordinária. A quantidade de definições que se atribuem a este projeto podem ser muitas, mas algumas delas podem ser unânimes, como relaxante, perfeita e emocionante. Podemos dizer que, além da prova de gratidão que percebemos aqui, o Ubu enquanto projeto, conseguiu ser o sucesso que o seu criador esperava.
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