Surpreenda-se com a riqueza de texturas e sensações transmitidas pelas 11 faixas do álbum “Season V: Maybe forgotten. Maybe glorious.” da dupla de músicos Matthias Ambré e Marcus Testory, utilizando o nome DIE KAMMER.
Ares acústicos dominam o ambiente, se fortalecendo com efeitos eletrônicos e densas notas que realçam um espetacular e diferenciado brilho para cada composição, que se mostram envolventes e grandiosas, dotadas de requinte e emoção, penetrando em nossos poros sensoriais e nos permitindo abraçar com devoção cada som.
Guitarra, violoncelo e outros instrumentos majestosos, são trabalhados com uma maestria admirável, pois suas vibrações emana cores e profundidades arrebatadoras, fazendo a experiência rítmica ser enriquecida por sabores distintos e conectivos com as ondas de nossa imaginação.
Os vocais, realçam a grandiosidade do projeto, entregando entonações verdadeiras e reflexivas, mesmo para aqueles que não compreendam o idioma, será possível sentir os laços rítmicos se formarem com a pulsação.
As letras, por sua vez, complementam as essências com marcas profundas deixadas por anos de desventuras pessoais, palpitações trazidas pela pandemia de 2020, e todas as oscilações e confusões que ocorreram com as mudanças abrutas da estação.
É palpável como as forças gravitacionais desse álbum, nos levam para o epicentro da vida, mostrando fragilidades e entendimentos que se transformam para seguir o fluxo natural do tempo, modificando valores e estruturas anteriormente inalteradas.
Nossa mente se permite criar cenários e paisagens que acompanham cada obra, montando uma galeria marcante dos esboços, que junto aos artistas, conseguimos criar, admirando os traços e recebendo as sensações com a mesma proporção de intensidade de cada música.
Os acordes e pensamentos transcritos em “I’ve Given up to Cry”, segunda faixa, formam traços de imensidão, que nos faz imaginar o horizonte recoberto por nuvens densas que anunciam a tempestade que se aproxima de nos, mas, de modo imperturbável, continuamos a observar o avanço, até recair sobre nós.
“Ignoring My Safeword”, escorrendo como um néctar sensorial, se espalha por nossos poros, reconhecendo forças e pontos que podem se transformar em perturbação.
Enquanto isso, em “The Void”, um som ecoante transita por nossas ideias, formando capsulas de entendimento e respiros para a pulsação.
Podemos observar, o fluxo dos acordes em “Ago”, que arrebatam os sentidos e as performáticas sonorizações que compõem “I Am Leaving Now”.
As outras faixas, “My Dearie Don’t Worry”, “The Black Veil of Eternity”, “Cold Cold Comfort”, “I’ve Lost My Shadow”, “Melancholy Milkshake” e “I Am Leaving Now – Epilogue”, também nos permitem saborear e indagar as emoções e conceitos, como em uma preciosa conversa entre amigos.
Reconheçamos, então, o quão majestosa essa jornada rítmica pode ser, absorvendo as cores e intensificando o pulsar de nosso frágil coração.
“Season V: Maybe forgotten. Maybe glorious” uma esplendorosa marca em nossas percepções.
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(‘discovered and supported via Musosoup #sustainablecurator’)
