Durante os meses de março e abril, o Inmate apresentou ao vivo em turnê o álbum “Let the Dead Bury their Dead”, que é o sexto de sua carreira. Finalmente, e de forma independente, Marko Duplišak (vocal), Andrej Bezjak e David Vodopivec (guitarras), Jure Vertelj (baixo) e Jure Grudnik (bateria) liberam o full-length nas plataformas de streaming. Já com uma caminhada consolidada pela Europa, a banda excursionou com nomes como Dark Tranquility, Ektomorf e Hatebreed aumentando o prestígio e respeito pela cena extrema. Essa bagagem e outros acontecimentos mais, fazem deste quinteto um dos nomes mais valiosos para o metalcore.
Para conhecimento do fã, este novo álbum possui onze músicas recheadas por bases pesadas, vocais raivosos e melodia no tempo certo. A sua pegada é tão brutal quanto veloz, assim como os riffs que são verdadeiras pedradas. Não se engane com a introdução “Protection Divine”, que nada tem a ver com a força incendiária de “Maya Always Wins” que é o primeiro exemplo de poder das seis cordas. Como toda banda neste estilo, aqui também há alternância entre vozes guturais e limpas. Mas isso não compromete a distribuição do peso que, nesta música, principalmente, é muito elevado. Então, prepare-se para decolar.
Embora os riffs impulsionados pela cozinha, causam um acúmulo de massa sonora em nossos ouvidos, a música do Inmate não soa burocrática, pois canções como “All The Sanity Failed” são concebidas com bastante feeling. Claro que, durante a música, algumas partes mais complexas ofuscam o groove, mas se não fosse a velocidade tudo não teria muito sentido. Aqui, abro espaço para falar um pouco sobre a produção, que realmente encontrou o encaixe ideal para que este álbum soe decente e transparente. Certamente, o fã mais chato e exigente irá gostar dessa parte, assim como bater cabeça como um louco em “Calm In A Storm”.
Aqui, sem dúvida alguma, cabe mais um destaque além dos breakdowns das guitarras. Eu me refiro às técnicas do baterista que trabalha como uma besta endiabrada. Há muita sincronia nos desenhos de pedais, com caixa e movimento dos pratos. Lembra até um pouco o estilo de Eloy Casagrande, ex-Sepultura que acabou de entrar para o Slipknot. Em músicas como “Destined To Taste Death” você confere um pouco da complexidade inserida por Grudnik em seu kit. Enfim, resumindo, este “Let the Dead Bury their Dead” do Inmate pode ser o passaporte para a banda conquistar o resto do planeta. Confia!
Ouça “Let the Dead Bury their Dead” pelo Spotify.
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