Blackmont Project te leva a outra dimensão com o experimental “Anthropocene”

Com bastante experiência na bagagem, o músico costarriquenho, compositor e produtor Kevin S. Montenegro decidiu construir um novo trabalho que o chamou de Blackmont Project. Este “Anthropocene” já é o seu segundo álbum, cuja relação entrega dez músicas, entre elas, a faixa título que sugere uma audição extrassensorial com uso de recursos eletrônicos. Montenegro, enquanto produtor, lançou esta obra com o próprio selo Mr. Mont e, para a música “Clockwise”, chamou a colaboração da vocalista do Mimus. A execução sonora é totalmente embrulhada em uma textura abstrata que, entre o caos e a melodia, consegue se espelhar pelos nossos ouvidos.

Durante a trajetória das músicas, outros convidados virão com suas ideias e colaborações, mas em outras como “Uncanny Valley”, temos a perícia técnica aliada ao talento de criar experiências auditivas, que ficam a cargo mesmo do nosso protagonista. Esta instrumental é do tipo que aguça as nossas percepções, pois dá ideia de que o som está em movimento aleatório. Isso difere um pouco de “Dana”, por exemplo. Essa música mantém um pouco mais a direção da melodia, o que acaba concordando também com as partes menos experimentais de “Hearing”. Por sua vez, coescrita por Fernando Fonseca do projeto Svgarbear.

Por falar em experimentalismo, essa palavra lembra psicodelismo e, em 2024, essa onda parece ressurgir com intensidade. Blackmont Project parece reunir muitas influências, pois em músicas como “Double Thought”, a exploração sensorial é enorme. Assim também acontece em “X – Pressure”, que adota sons cinematográficos acamados por bases pulsantes. O interessante é que, quanto mais o álbum avança, essas sensações evoluem mais e se tornam verdadeiras pontes entre uma dimensão e outra. “Codex Morti”, que foi arranjada com o conterrâneo costarriquenho Jose Acuña do projeto Contradicta, nos permite fazer essa viagem de travessia do nosso subconsciente. Aqui, tudo é muito transcendente.

Com um pouquinho mais de fluidez harmônica, “Serendipia” se ergue para um maior trajeto melódico. O que Montenegro faz com os sintetizadores de Blackmont Project é fascinante. Ao final do álbum, “Lead Man” está como uma espécie de epílogo, onde se fecham as cortinas para tudo que se mostrou neste disco completamente experimental. Sobre a arte de Kevin S. Montenegro, é óbvia a demonstração de complexidade e beleza como artigos musicais. Blackmont Project, não é apenas para quem precisa de uma alternativa no ambiente sound. Serve também para calcularmos a intensidade dos nossos sentimentos, para podermos filtrar as nossas ações.

Ouça “Anthropocene” pelo Spotify.

Contato:

https://www.instagram.com/blackmont.project

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https://blackmontproject.bandcamp.com

 

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