Com efeitos sensoriais grandiosos, a atmosfera se modela e transforma, nos braços de Temporal Waves, com seu álbum autointitulado “Temporal Waves” e suas 15 faixas deliciosamente aprimoradas pelo épico.
Fascinantes possibilidades, aguardam nossos sentidos ao apertarmos o play e reconhecermos a colossal experiência que estamos preste a embarcar.
Encabeçado por Shawn Mativetsky, o projeto instrumental, respira elementos surreais, desenhando suas próprias dimensões, onde tudo faz sentido no pulsar das correntes magnéticas do som, com as elevações e texturas, provenientes do desenvolvimento da Tabla (instrumento musical de percussão indiano), do tamborilar elétrico das baterias, distorções rítmicas e sintetizados analógicos que acrescentam um brilho neon acolhedor.
Crédito Fotográfico: Caroline Tabah
Seguindo pelas elevações de uma trama onírica, as paisagens se revelam de forma surpreendente, alimentadas por tons e efeitos extraídos de algum lugar em nossas memórias, talvez, provenientes da nostalgia de consoles antigos, cujas simples vibrações já nos causavam diferentes estados sensoriais.
As nuances que se interligam nos tons, criam sensações rudimentares, que fortificam as bases e nos proporcionam um estado de observação temporal, onde as marcas da evolução se refinam, desenhando um futuro promissor, que contrasta em uma mescla perfeita, entre as cores do tecnológico e do que é natural.
Mergulhamos, assim, na trilha sonora da história humana, passando por eras sombrias, mudanças bruscas de estações, além de observar indagações rítmicas sobre o espaço e suas possibilidades, tudo, sintetizado por arranjos em 8 bits de saudosos consoles ou televisores analógicos que nos permitiam vislumbrar as emoções.
Afinal, as inspirações do artista na era do Atari, se refletem nos horizontes nebulosos e traços profundos de ficção científica que o projeto engloba.
Ressoando com os acordes do tempo, cada faixa cresce distintamente, complementando as observações passadas, enquanto mantém as variações das nuvens cósmicas, ocultas de nossos olhos, para absorvermos aos poucos, reconhecendo a grandiosidade de cada elemento.
Nas injeções de efeitos e sensações, podemos destacar as cores atmosféricas apresentadas em “Sprawl Twilight”, com seu vigor proveniente do amanhecer e “Interlude III – Tomorrow Machine”, que reflete a fixação de uma aura mecânica e imortal para tudo o que não era revelado.
As ramificações das outras faixas, também se contrastam e revelam sua expressão abstrata dessa jornada existencial, assim reconhecemos em “I Remember”, “Interlude I – Skyline”, “Interlude II – Scorched”, “Eclipse of an Urban Dystopia”, “Cortical Network Oscillations”, “Cyclotron”, “Interlude IV – Afterglow”, “Water Temple”, “Luminous Objects”, “Data Cassette Sunrise”, “Awakening”, “Warmth of the Winter Sun” e “Postlude”, um propósito profundo.
Dificilmente, nossas mentes não se entregarão a um estado de contemplação profunda na imensidão do cosmo e das formas que habitam dentro do próprio consciente, pois a grandiosa extensão de vida, se ilumina arrebatadoramente, injetando mais alma do que um corpo mortal pode abrigar.
“Temporal Waves” uma empolgante concentração de massa sensorial destilada do lado evolutivo e cibernético do tempo.
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