É contagiante desde seu início. Com seu viés dançante em uma mistura alegremente swingada e noturna de disco music com traços de soul, a canção não consegue esconder sua base melódica pop curiosamente ao estilo Mariah Carrey. Surpreendentemente, porém, o que acontece é o perfeito ato do engano, do ludibriar.
Afinal, enquanto o ouvinte se viu na certeza de se tratar de um produto automaticamente sensual, a canção não demorou para, após a sua introdução, encaminhar o espectador para um ambiente regido pela cadência lírica fluida e rimada do rap. Rodeado por gritos em falsete, detalhe responsável por ampliar, mesmo que pontualmente, a harmonia, o primeiro verso apresenta um timbre grave e levemente azedo. Vindo de Cam Blair, ele chega em uma movimentação levemente acelerada.
De beat suave e sem a utilização densa dos subgraves para dar corpo e densidade à base rítmica, Place To Be, inevitavelmente, se matura como um produto rap diferenciado. Afinal, não existe qualquer sinal de brutalidade, drama, visceralidade ou um sofrimento latente que transcende os parâmetros líricos e melódicos. A canção se permite manter seu cerne alegre e dançante, criando uma atmosfera agradavelmente contagiante.
O mais interessante, nesse ínterim, é notar que Place To Be traz um Blair dialogando sobre um tema romântico que tangencia o exercício do acaso. Na composição, o rapper traz uma história sobre encontrar uma garota na balada e ficar vidrado nela. Isso demonstra a atração, os primeiros sinais de paixão, a necessidade de colocar em prática a arte da conquista e de ter, da dança, uma grande aliada nesse processo.
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