É difícil de resistir ou mesmo de ficar parado. Afinal, já no seu início, a canção extravasa sua essência solar repleta de harmonia. Entre uma agradável combinação de instrumentos de sopro, como trompete e saxofone, uma guitarra com embrionárias inserções de wah-wah e uma bateria de levada leve, ela exala uma sensualidade irresistível.
O curioso nisso é que, ao entrar em seu primeiro verso, a canção parece se manter mais contida. Com uma base melódica guiada por um teclado aveludado com ligeiros requintes ácidos, mas curiosamente hipnóticos, ela mantém a bateria amaciada e fluida, o que lhe confere uma noção de movimento mais orgânica e convidativa.
Com direito a um baixo encorpado, mas, curiosamente, sem virtuosismo, Herbie é agraciada por solos de teclado fora de hora que engrandecem a harmonia, mas que também são capazes de arregimentar a essência delicada e sensual que dela transpira. É nesse momento, inclusive, que a música deixa claro ao ouvinte em pertencer ao espectro sonoro do jazz.
Enquanto o ouvinte se embriaga nessa feliz constatação, ele também passa a perceber que, lá na base rítmica, o baixo vai se mostrando mais saliente em seus grooves. É aí que o funk também entra na receita melódica de Herbie amplificando a melodia e tornando sua sonoridade mais complexa, mas não menos atrativa.
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