Seu início já desperta um curioso senso de melancolia com toques embriagantes. A partir da sonoridade ondulante promovida pelo violino, o ouvinte acaba se sentindo interessantemente mareado, enjoado, até o ponto em que todo esse desconforto se esvai como uma brisa de vento.
Se tornando surpreendentemente festiva e, consequentemente, espantando aquele iniciar de melancolia pegajoso, a canção assume contornos melódicos de característica nitidamente indianos por conta dos instrumentos utilizados e da forma como a percussão se pronuncia. E tudo se torna ainda mais atraente quando Parmy Dhillon entra em cena com seu timbre aberto e levemente nasal.
A beleza que reside em India não demora a ser identificada. Afinal, Dhillon a torna comovente e tocante ao passo que faz, de seu lirismo não apenas uma espécie de agradecimento, mas também uma busca de autoconhecimento, pertencimento e respostas para um sofrimento inconsolável. É aqui que o cantor abre seu coração e evidencia seu emocional a partir da perda do pai em terras indianas.
E justamente por ser regida por uma melodia estruturada com silhuetas indianas e orientais, qualidades obtidas, entre outras coisas, graças ao toque adocicadamente floral da gaita que sobrevoa com delicadeza toda a sonoridade, a canção assume ares transcendentais. Quase religiosos. O que tangencia com a intenção já pontuada do cantor em encontrar respostas para toda a sua inquietação emocional.
Mais informações:
Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/03nWs11ujBPaW3oBsszLqI
Facebook: https://www.facebook.com/parmy.dhillon
Soundcloud: https://on.soundcloud.com/vRo3wzBJpkbdsDDc9
Youtube: https://youtu.be/r4wORahb9qw?si=2jHImzfn23qn4JkY
Instagram: https://www.instagram.com/parmy.dhillon