Sem qualquer sinal de dificuldade, o ouvinte já percebe em se tratar de uma canção baseada no jazz. Afinal, ela começa já começa com as típicas maciez e sensualidade do gênero, com direito a uma bateria de golpes extremamente leves, um saxofone aveludado, um trompete ligeiramente estridente e um piano de notas serenas.
Até mesmo o tom de voz e a forma como Anton Commissaris pronuncia as palavras auxilia nessa percepção. Com seu timbre rouco, o cantor acaba inserindo uma textura mais áspera que contribui com a soma de fatores estéticos presentes na obra. O interessante é que, pela sua ambiência melódica, Don’t Come Around Here pode parecer uma música romântica, mas ela guarda surpresas.
Curiosamente, o que Commissaris acaba trazendo como enredo dessa canção aveludada e esteticamente sensual é a passagem de um indivíduo desesperado pela busca de alguma forma de fugir, escapar do relacionamento em que se encontra por conta de sua natureza densamente tóxica.
Macia e com uma base rítmica capaz de misturar aromas do blues, Don’t Come Around Here traz, no saxofone e no trompete, os elementos a introduzir não apenas um charme extra. Eles são responsáveis por promover uma grandeza harmônica capaz de capturar o ouvinte não em sua forma lúcida, mas o seu inconsciente, de forma a ter a presente canção, reproduzida no seu banco de memórias por longos períodos de tempo.
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