Não existe qualquer menção de chuva e o céu não é repleto por uma tonalidade entorpecentemente cinza. Porém, a energia que a paisagem transpira é de uma melancolia de origem ainda inexplicável, mas muito presente por meio da brisa que vem na forma de um violão reflexivo. Seus dedilhares frescos trazem em si uma postura cabisbaixa e uma sensibilidade física de dor, mas, emocionalmente, de saudade. De lamentação.
O que acaba surpreendendo o ouvinte com o desenrolar estético de Sunday Morning é o tom de voz de Lipford. Quando este entra em cena, seu timbre adocicado, mas firme em seu veludo, consegue ser um ingrediente inicial a cooperar com o crescimento da harmonia da canção.
Trazendo a imagem imagética de um indivíduo solitário sentado a uma pedra embaixo de uma árvore, mas no limite de um precipício com vista ao horizonte marítimo, Sunday Morning é estruturalmente minimalista. Se bastando da sintonia da voz com o violão e uma guitarra que surge esvoaçante, ela se matura com uma energia melancólica, mas com fortes requintes de uma nostalgia incurável.
Isso acontece porque Lipford oferece, em seu enredo, a forma como o personagem principal vive e se sente após o término de um relacionamento que aparentava ser para a vida toda. As dores, as saudades, as dúvidas, os remorsos. Os porquês nunca respondidos. Sunday Morning é aquela canção que traz o processo de superação ofertado pela vivência da rotina de forma obrigatória. É o acaso auxiliando no enfrentamento do sofrimento e na cicatrização do coração.
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