Enquanto uma notícia é transmitida com dificuldade pelo rádio, o qual apresenta instabilidade e chiados recorrentes, a guitarra surge em seu riff trotante e sonoramente azedo, desenhando uma inicial cadência rítmica para a canção em desenvolvimento. De escopo sonoro incômodo por meio da fraca frequência do aparelho radiofônico que, consequentemente, cria uma estridência que machuca os tímpanos, a canção, felizmente, flui para um ambiente propriamente mais melódico.
Áspero e ríspido, o novo ambiente ao qual o Scared Sharks convida o ouvinte a explorar é calcado em uma métrica punk inglesa dos anos 70 graças ao azedume da guitarra de Taylor Schwifty e da bateria suja de Tim Jong Un. De essência sonora semelhante àquela dos Sex Pistols, a presente música traz uma crueza latente que domina toda a sua estrutura.
Conforme a canção vai se desenvolvendo, o espectador consegue perceber que ela é mais além de punk. Suas silhuetas trazem traços que evocam a melodia tanto do indie rock quanto do stoner rock, o que mostra uma boa versatilidade musical. Nesse ínterim, quem acaba se destacando é o baixo de Louis Crouton, que consegue desenhar uma base rítmico-melódica encorpada e consistente para essa transição de gêneros.
De refrão cru e regida por uma voz de timbre nauseante e melancólico que flerta com a mesma estrutura sonora daquela de Morrissey, Stumble vem na forma de uma cantiga de rock sobre a superação do término do relacionamento e sobre como a interação com o outro fazia o protagonista lírico se sentir.
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