Quem lançou o segundo álbum recentemente foi o Repeat, banda sueca que toca uma variação de estilos ligados ao punk e hardcore e classic rock. O disco chamado “Rat Race”, possui nove músicas, mas essa galera de Estocolmo (SUE) aproveita muito bem os dezoito minutos corridos da execução. Melodicamente, o ‘full-length’ não é um grande agregador, já que todas as suas músicas são baseadas mais na velocidade. A primeira, faixa Man On The Moon, já chega mandando o recado, então deixe seus sonhos e desejos para depois e permita que os riffs violentos tomem os seus sentidos. Depois disso, é só deitar e rolar.
O estilo sugere que bandas assim sejam muito intensas, e o Repeat consegue se encaixar nesses termos. Músicas como “Death” já traduzem essa ideia até no título. Com uma pegada pesada, bases despojadas e alguns elementos caóticos, a música encanta o mais louco rockeiro no mosh. A pancadaria toma mais forma com a rápida “Not Enough”. Completamente hardcore, essa música apresenta ótimas linhas de baixo e bateria, para quem gosta de sentir a adrenalina subir. Na sequência, a banda dá uma leve guinada ao punk rock com a música “Reasons”. Não precisa dizer muito, apenas sentir a magia.
Uma levada 77′ punk pode ser sentida em “Enemy” que, aliás, possui um título bastante engajador. A música, no entanto, não oferece muitos climas, elementos de maquiagem sonora ou artifícios da modernidade. Ela, assim como todo o álbum, é bem crua, concisa e original. Embora as letras sejam bem existencialistas, a música título não é propriamente uma canção e, sim, uma instrumental pequena, mas objetiva. Diferente de “Figure It Out”, que é um pouco mais extensa e com uma cadência cativante. Mas ao mesmo tempo em que esta música, com um pouco de Motorhead em sua essência se deslancha, nossa percepção de tempo vai embora.
Voltando com a sessão mais melódica, “Goals” se apresenta com uma cozinha mais robusta e bem conduzida. O timbre largadão da guitarra chega a nos embriagar com acordes inteligentes, embora poucos. O último suspiro do álbum está com “Wasting My Time”, uma das mais legais por possuir uma estrutura mais comercial. Agora, resumindo, “Rat Race” é um álbum capaz de conquistar o gosto da molecada atual, pois possui muito direcionamento, guitarras com boa vibração e vocais raivosos. 2024, para quem gosta de punk e hardcore, está a salvo das tranqueiras que às vezes a indústria tenta nos empurrar goela a dentro.
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