Apesar da leveza e da doçura estruturais que transbordam da melodia intimista e minimalista da introdução, é possível notar que, como base emocional, tal sonoridade vem imbuída na dor, na nostalgia e na mais profunda melancolia. Dramática, ela é puxada por um piano capaz de representar, desde as lágrimas do presente, às memórias do passado.
Rapidamente, assim que o primeiro verso se inicia, Reina Mora entra em cena surpreendendo o ouvinte pelo seu timbre forte e grave. Com uma interpretação lírica visceral e introspectiva, como se as palavras fossem balbuciadas apenas para a audição da própria cantora, a canção vai demonstrando grande similaridade estrutural com a energia emanada das obras assinadas por Adele.
Desembocando em um refrão ainda mais dramático, Weeds traz, ao ouvinte, a cenografia imagética de que o personagem está em uma praia deserta, de joelhos e olhos fixos no horizonte. Apesar disso, a visão não enxerga o que está logo afrente. Naquele momento, entre lágrimas incontroláveis escorrendo pelo seio da face, o que se tem são reproduções de imagens acalentadoras de um passado fundidas à dor dos eventos experienciados no presente.
No modo consciente, não existe qualquer tom de súplica, raiva ou mesmo ódio. O que existe é a mera decepção. A lamentação de planos não concluídos. De descobrir a existência de uma dissimetria, talvez, muito negada. É por isso que Weeds é uma canção delicada e visceral. Ela toca em sentimentos profundos que, dificilmente, veriam a luz em um dia comum.
Mais informações:
Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/7wWJFxXMUskrFzlRaNrZP7
Site Oficial: http://www.reinamoramusic.com
Facebook: https://www.facebook.com/ReinaMoraMusic/
Twitter: https://twitter.com/ReinaMoraMusic
Soundcloud: https://soundcloud.com/reinamoramusic
YouTube: https://youtube.com/@reinamoramusic?si=jjkw5hCjifYSE2o-
Instagram: https://www.instagram.com/reinamoramusic/