Adocicadamente sintético. Aveludado. Entorpecente. Pop. O despertar da canção traz uma mistura de sensações que deixa o ouvinte completamente embriagado pela textura fofa e hipnotizante que é sugerida. Sem muita demora, a canção já entra em uma tomada crescente em cuja intenção é já fazer o sangue do ouvinte fervilhar em seu compasso gradualmente eletrizante.
Desembocando em um cenário regido por sonoridades ondulantes e opacas que deixam aquele inicial convite à dança um tanto enrijecido, a canção vai ambientando o ouvinte em seu próprio cenário noturno. Há, nela, uma feliz realidade. Apesar de sua sonoridade não ser das mais melódicas, ela amadurece, sim, seu caráter dançante a partir, principalmente, do beat que molda seu compasso rítmico.
Conseguindo criar um ecossistema festivo e alegre em meio à sua aparente dissonância, Emotions consegue caminhar pelos dois mundos. O dançante com pitadas eletrizantes e o torpor. É como o oferecimento tanto da máxima diversão, da intensidade e do momento propício indicado para o respiro. A tomada de fôlego para viver ainda mais experiências intensas.
Na companhia de P$ychedelic, Tate Sedar dá, a Emotions, seu contraponto ideal de saliências. Afinal, o cantor convidado não apenas insere versos líricos já na metade da canção, mas também dá uma reativada na energia ao inserir texturas graves e cadenciadas através de seu timbre grave e sua estrutura rappeada.
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