Não é apenas o swing da forma mais sensual e provocante que surge por entre a união dos instrumentos de sopro e o teclado. Não. Existe, aqui, uma densa camada de latinidade, de frescor. De uma malemolência tipicamente brasileira que supera e extravasa os limites do som. Misturando lambada com samba, a introdução já é capaz de fornecer o calor do Sol e o frescor do mar na mesma medida, em um mesmo lugar.
Não é difícil, portanto, perceber que, na canção, existe uma interessante fusão rítmica entre Brasil e Colômbia sob uma verve curiosamente estrangeira. Ainda assim, Qymira, que invade o circuito melódico com sua voz aguda e interpretação lírica provocantemente sensual, soube compor um material com a alma latina e a essência tropicalista.
O curioso é perceber que, nesse ínterim, existe, também, requintes de trap que são percebidos através do chimbal sincopado, o qual surge para fornecer a cadência rítmica de Wait For No One. Nascida em Hong Kong, crescida em San Francisco e com educação britânica, Qymira, sem dificuldade, conseguiu transpor seu cosmopolitismo e sua multiculturalidade também à canção. Afinal, enquanto surpreende pela sua silhueta rebolante e requebrada, a música é agraciada por um refrão extasiante e uma ponte calcada na estética cadenciadamente lírica do rap.
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