O cenário que se apresenta ao ouvinte tem um quê de místico. A neblina encobre toda a mata e sua paisagem natural. No entanto, a energia que dela é extravasada atinge profundamente o cerne do indivíduo que, por ela, se aventura. No horizonte, entre as montanhas de um verde nebuloso, a tonalidade arroxeada fornecida pelo nevoeiro causa uma sensação de embriaguez, mas sem tirar, do aventureiro, sua própria consciência.
Esse é o cenário imagético que a guitarra, sob seu riff aveludado em pronúncias uivantes, fornece ao ouvinte. Ao fundo de sua contribuição é possível de ser notado sonares agudos delicados que inserem, na introdução, sensos delicados e transcendentais. Assim que a obra enfim atinge seu primeiro verso, o beat deixa sua cadência mais fluida e levemente macia, além de dar à cantora, liberdade para começar a desenvolver o enredo lírico e preencher a camada vocal.
Com um timbre agudo, mas de essência aveludadamente gélida, ela acaba auxiliando e, inclusive, junto à melodia, enaltecendo o caráter new wave que existe em Music Is My Drug. Rompendo essa ambiência fielmente estruturada durante os versos de ar, a obra desemboca em um refrão em que a guitarra elétrica é inserida de maneira a transformar a sonoridade em um rock alternativo macio, aromático e contagiante. É assim que o Delusion escolheu expressar seu amor por música e sua profunda conexão construída com seus fãs.
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