Eis que no Reino Unido, surgiu uma banda de punk rock que toca músicas à maneira tradicional. Sim, o Mad Man’s Spirit que recentemente estreou com um EP autointitulado, se formou na escola onde mestres como Rise Against, The Offspring e Blink-182 influenciaram milhares de discípulos. O mais legal disso, é que a banda possui membros de territórios distintos. Dessa maneira, temos Tony Slacker (guitarra, vocal) e Karu (baixo) em Londres (ING), enquanto que Dome (guitarra) e Celsn (bateria) moram na Alemanha. Isso não impediu de o quarteto se entrosar e gravar três canções matadoras de um autêntico e visceral punk rock.
O EP possui muita energia que você sentirá ao ouvir “Pit Bull”, a primeira faixa. De imediato, tu ouvirás um som veloz com uma produção legal. Aliás, a dupla que mixou o álbum é formada por ninguém menos que Tom Lord-Alge e Ted Jensen, que trabalharam para o Green Day, Blink-182, Sum 41 e outros. Esta música pode superar as expectativas da galera que acompanhou de perto o renascimento do punk rock no início dos anos dois mil. Pegada empolgante, refrão cativante e riffs rasteiros é o que a música tem de melhor. Muito boa para quem movimenta o mosh.
A melodia toma mais forma em “Fallen Angel”, que possui um ritmo mais juvenil, embora alguma agressividade seja sentida em seus riffs. Aqui, há um pouco mais de harmonia ligando a cadência da bateria com os acordes da guitarra. Além disso, o vocal está mais liberto, sugerindo algo mais comercial. Em contraste a sua antecessora, esta canção é mais bem trabalhada, enquanto que a anterior é mais agressiva. De toda forma, não há pontos negativos nisso, pelo contrário! O Mad Man’s Spirit, nesta faixa, só mostra o quanto pode ser versátil, pois o seu público também cobra esse tipo de coisa aos seus ídolos.
Na sequência, temos “Lies”, que é o single oficial do EP. De maneira idêntica, essa música está na mesma categoria da anterior, com boas harmonias, velocidade mais introspectiva e melodicamente comercial. Algum destaque a mais cai sobre o baixo que executa as suas linhas com excelente performance. Uma música, no entanto, saudosista que contribui essencialmente para o mantimento da proposta do grupo, que é trazer de volta a magia do punk dos anos noventa e dois mil. Considerando as três execuções contidas aqui e olhando um pouco para a cena americana daquela época, conseguiu muito bem.
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