É contagiante. É melódico. É harmônico. É fresco. O iniciar da canção sugere uma leveza estonteante e uma paisagem aconchegantemente bucólica capaz de envolver o ouvinte em um abraço curiosamente caloroso. Com a união do sonar típíco e campestre do banjo com o dulçor ácido da gaita, a música, gravada por John Raham no Barnhouse Studios, é capaz de promover um certo venerar à simplicidade que chega a ser tocante.
Com uma base rítmica singela, a faixa logo tem suas linhas líricas preenchidas por uma voz que surge em um timbre ligeiramente anasalado. Eis Ryland Moranz fornecendo à canção não apenas o seu respectivo lirismo, mas também a oportunidade para que ela cresça também no que tange o escopo harmônico, graças às posteriores inserções de sobreposições vocais.
Com direito, inclusive, à contribuição dos uivos mansos e amaciados da guitarra lap steel, When I’m Gone é uma canção que se mantém na mesma cadência rítmica, mas sem causar incômodos no ouvinte. Delicada em sua essência fresca e educada, a faixa tem, na gaita, o elemento que traz não somente noções de vivacidade misturadas, curiosamente, com sensos de melancolia. No caso, o instrumento é a representação da liberdade, da gratidão. Da ação do destino.
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