Por meio do violão, o despertar da canção vem regido por um frescor delicado, mas com grandes doses de uma melancolia curiosamente nostálgica. Macia em sua essência, a obra rapidamente recebe uma frágil bateria, a qual vai fazendo da base rítmica um expoente do blues. Enquanto isso, um vocal de timbre levemente rasgado em sua afinação traz para a camada lírica um enredo interpretado de forma sussurrante e triste.
Conseguindo ser pegajoso em suas lágrimas, J-Mo On The Beat preenche a camada lírica com tanta fragilidade que sua voz, às vezes, mal pode ser ouvida por entre a linearidade estética estruturada entre guitarra e bateria. Com rimas pobres, o que lhe garante certo grau de fluidez, o enredo verbal traz uma lamentação, aparentemente, acerca da postura do protagonista em meio às suas investidas para alguém que não lhe dá valor e, inclusive, o esnoba.
Com um baixo que consegue ser ainda mais delicado que a própria interpretação lírica de J-Mo On The Beat, a canção amadurece sua estrutura blues, conforme o próprio personagem vai se autodenominando de otário por gostar de alguém que não sente a mesma coisa, que não tem, por ele, um sentimento recíproco. Dessa forma, Forever, The Fool se confirma como uma obra dedicada tanto a todos aqueles que estão vivendo um relacionamento degringolado, quanto àqueles com coração partido.
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