Seu despertar é ácido e sujo. Porém, ao mesmo tempo, é graciosamente macio e pegajosamente swingado. Com boa sintonia entre os azedumes fornecidos pela guitarra e pelo wurlitzer, a canção, já em sua introdução, comunica certo grau de crueza que lhe confere um ar de garagem, de pureza e transparência da essência melódica proposta.
Tendo essa percepção obtida, principalmente, pela maneira como a bateria ocupa seu lugar na construção do escopo rítmico, a canção consegue, antes mesmo de entrar efetivamente no seu primeiro verso, comunicar sua representatividade em favor de gêneros como lo-fi, blues e pitadas de hard rock. Com essa fórmula já estabelecida, as camadas líricas começam a ser preenchidas por uma voz masculina de timbre aveludado, afinado e levemente adocicado.
Levemente nasal em sua essência, tal timbre é colocado em cena a partir de uma interpretação lírica que muito lembra a atitude verbal de nomes como Josh Kiszka e Robert Plant. Crescendo em harmonia não apenas por meio da suavidade com que a guitarra se coloca no enredo melódico, mas também em virtude dos gritos agudos, adocicados e estridentes da gaita e do delicado toque gutural do hammond, The Void acaba flertando, também, com a temática estrutural do folk.
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