Em seus sonares iniciais imediatos existe frescor e existe maciez. A tranquilidade rege os sensos transpirados tanto pela sonoridade sintética quanto pelos melismas monossilábicos ditos pelo vocalista. Macia e curiosamente perfumada, a atmosfera criada é capaz de fazer o ouvinte imergir em um confortável e irresistível ímpeto de torpor, algo que é incentivado pelo timbre e pela maneira com que o cantor insere as palavras líricas.
Mostrando ser pertencente à escola do R&B, o cantor desfila melismas e uma sensualidade vocal contagiante e atraente. Com seu tom grave, mas adoravelmente afinado, ele permite a entrada de um beat sincopado que, por meio da saliência com que faz ressoar o chimbal, despeja doses extras de uma sensualidade que engrandece o escopo rítmico-melódico da obra.
Misturando, nesse ínterim, menções de rap em meio ao já demonstrado R&B, o cantor faz da canção uma espécie de experimentalismo de texturas que apenas tem a ganhar com o ouvinte, que se percebe inebriado pelo cenário imagético veranista de céu poente. Capaz de fazer o espectador sentir a brisa do mar e, inclusive, o descompromisso das férias, Speeding Lanes é onde o LTB descreve as emoções do amor e a forma como esse sentimento transforma seu comportamento quando na presença daquela pessoa por quem nutre adoração e paixão.
Ainda que essa seja uma mensagem visível oferecida por meio do enredo lírico, Speeding Lanes ainda traz outro importante ensinamento para o ouvinte. O de viver o momento. Aproveitar o presente. Desfrutar intensamente da vivência que está prestes a experienciar. Um tipo de aula que, acima de tudo, ensina a não ter arrependimentos e culpas por não ter feito algo de que deveria.
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