A energia que emana da ambiência introdutória é sensual, pegajosa. Por meio de seu ritmo calcado na estética do afrobeat e de seu sonar sintético, a introdução rapidamente coloca o ouvinte em um estado de torpor irresistível que é acentuado pela interpretação lírica assumida por LCams.
Com seu timbre intermediário e levemente grave, ele entra em cena sob pronúncias sussurrantes que amplificam aquela noção inicial de sensualidade e chega a torná-la até, de certo modo, libidinosa. Ainda que isso de fato aconteça, o que mais chama a atenção em Kitumbula é que ela é preenchida por um lirismo baseado na fusão do francês com a lingala, língua tradicional da República Democrática do Congo. Tal detalhe deixa Kitumbula ainda mais original de forma a atrair, inconscientemente, uma maior atenção por parte do ouvinte.