O violão, por si só, já é capaz de construir uma atmosfera agradavelmente branda, de textura macia, aveludada. Sob uma cadência amaciada, o instrumento é logo acompanhado por uma bateria que segue seus passos no quesito leveza, dando, ao ritmo, um alicerce sereno.
De frescor entorpecente, a canção é logo abraçada por uma voz nasal que, vinda de Dylan Rockoff, se apresenta com sutileza e sob uma postura gentil, amigável. Linear em sua estrutura rítmico-melódica, Evergreen traz, consigo, toques curiosos e penetrantes de nostalgia e melancolia, mas sem ser apelativo, dramático ou visceral. Ainda assim, quando atinge o refrão, a canção transpira todo o sentimentalismo represado no interior emocional do vocalista.