A atmosfera desenhada nos momentos imediatos da introdução já permitem ao ouvinte adquirir para si a percepção de se tratar em uma canção expoente do espectro pop. Sensual e entorpecente, a música não demora a imergir em seu primeiro verso, momento em que a camada lírica passa a ser desenhada por uma voz feminina de timbre agudo no limite da estridência.
Eis Gabrielle Stein colocando o lirismo à frente das camadas rítmico-melódicas com uma interessante mistura entre os idiomas inglês e espanhol. Apoiada nessa aposta, a cantora, propositadamente ou não, acaba injetando maiores doses de sensualidade, tornando a faixa ainda mais penetrante estruturalmente.
Conforme a bateria começa a ficar mais em evidência, o espectador consegue notar a existência de uma sensualidade fresca também na camada rítmica. É assim que Heart Me flui para o refrão. Com uma estética puramente swingada e com noções mais evidentes de um flerte com a paisagem oferecida pelo synth-pop.
A partir de tal receita, Heart Me é onde Gabrielle exalta seu ego de uma maneira que demonstra generosos toques de empoderamento feminino na forma como coloca a personagem no centro de comando em relação às querências de seu parceiro. Uma faixa que, definitivamente, escancara certo toque de carência sob uma postura imponente que surpreende o ouvinte a cada verso.
Mais informações:
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