É como estar deitado no gramado observando as estrelas ao passo que o céu vai, gradativamente, mudando seus tons. Do preto profundo a um degradê de cores místicas conforme a luz do Sol vai ocupando seu lugar. Curiosamente, não há, nesse contexto, qualquer menção romântica. É apenas o contato do indivíduo com ele mesmo. Com suas emoções, seus pensamentos. Seu inconsciente.
E a maneira com que a maciez gentil do violão se funde à delicadeza do chacoalhar do chocalho amplifica não apenas um senso agradável de fragilidade, mas uma espécie de facilitador quanto ao acesso de sensações mais profundas. Nesse ínterim, uma voz masculina de timbre ligeiramente fanhoso entra em cena se posicionando à frente do microfone com evidente destaque.
Com o Gerry Farrow agora em evidência, a linha lírica da canção começa a ser desenhada. A partir daí, o ouvinte consegue perceber resquícios de uma dor proveniente da causa primária do arrependimento associado à decepção, mas não uma decepção para com terceiros. Uma decepção para com o próprio indivíduo, como uma forma de autojulgamento ou mesmo autopunição.
Minimalista em sua máxima essência, a canção possui, ainda que de forma extremamente sutil, um baixo que se posiciona na base melódica por meio de notas curtas, mas capazes de representar certo grau de desolamento sentido pelo protagonista. É assim que Take Me With You discute as emoções da saudade e do arrependimento associadas a uma tardia percepções de erros cometidos e à tardia noção de que havia meios de reconciliação. É aí que a obra escancara sua natureza visceral.
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