O sonar que funciona como o abre-alas da composição parece vir do talk box. Ondulante, ácido, mas ao mesmo tempo opaco e curiosamente sombrio, ele logo flui para uma estrutura rítmico-melódica viva, swingada e cheia de swing. Afinal, nessa segunda parte introdutória, o trompete assume evidente protagonismo, enquanto a bateria se torna o fator a desenhar uma base rítmica denotativamente groovada que se matura de maneira precisa e consistente.
O interessante é notar que, a partir da sonoridade empregada pelo trompete, a canção acaba flertando com a estética do raï, dando ao seu ecossistema uma paisagem e um sabor árabe, mais precisamente argelino, penetrante. Ainda que isso aconteça, a canção permite ao ouvinte se perder por entre suas experimentações aveludadas proporcionadas por uma delicada inserção de teclado, o qual caminha suavemente pela base melódica.
Se maturando, portanto, como uma canção doce, mas sensual e vivaz, Mandible, faixa com previsão de lançamento para 25/10, consiste em uma canção baseada na atmosfera rítmica do jazz que cativa o ouvinte pelas suas influências sonoras regionalistas e sua experimentação estética que vai da psicodelia a flertes percussivos. Uma faixa que mostra, definitivamente, toda a musicalidade de Jackson Mathod, um artista versátil que não teme fundir atmosferas árabes em um gênero musical de identidade tão marcante. Afinal, o artista fez funcionar tal experimento, tornando a faixa única e audaciosa.
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