Sunset Salore lança Love Kills The Monsters, seu EP de estreia

A maneira que o violino se movimenta em uma camada sonora profunda a tal ponto que soa opaco e longínquo sugere uma atmosfera curiosamente dinseyresca. Ainda que imersa em um senso convidativamente entorpecente, a canção assume certo grau de leveza flutuante assim que o primeiro verso se inicia e as linhas líricas começam a ser preenchidas. E esse feito é creditado à voz feminina de timbre doce e aromático de Sunset Salore. Por meio dela, é interessante perceber como a canção passa a transpirar uma atmosfera disco que reconstrói um cenário setentista convidativamente dançante. Ainda, em sua receita estrutural, a faixa-título consegue transmitir uma paisagem new wave marcante que atrai o ouvinte para o seu universo adocicadamente hipnótico.

Um beat pronunciado de forma espaçada e sintética, digital, confere à introdução um enigmatismo curiosamente atraente. Não há drama ou melancolia. Apenas um instigar de curiosidade para se descobrir o que vem adiante. Não demora para que a canção flua para uma atmosfera aveludada na qual a bateria desenha uma levada cadenciada a tal ponto que insere agradáveis e amaciados toques de sensualidade ao contexto sonoro. Junto ao instrumento, o violão acaba, gentilmente, por meio de seus riffs suspirantes, de alguma forma contribuindo para essa noção de swing. Em Hope é onde Sunset, inclusive, torna visível a sua escola de canto baseada na estrutura do R&B em virtude dos melismas adotados em suas pronúncias. Pela sua conjuntura estrutural, maturidade, equalização e mixagem, é perceptível e inegável que a presente faixa, em seu toque ligeiramente dramático, é uma importante faixa na track list de Love Kills The Monsters.

O piano surge em uma movimentação e postura diferente daquela já experienciada nas canções anteriores. De pose aparentemente mais debochada, o instrumento é acompanhado por estalares de dedos que funcionam como elemento a proporcionar um embrionário desenho rítmico à canção. E o interessante é perceber que, conforme vai desenvolvendo a sua estrutura, a canção acaba ofertando uma interessante atmosfera assombrosa e sinistra que flerta com uma paisagem cinematográfica à la Tim Burton. Com essa receita, Call It acompanha Sunset por um enredo que, à primeira vista, relata apenas o rompimento de uma relação. No entanto, ao se observar mais atentamente, a canção, na verdade, toma esse fato como base para dialogar sobre autovalorização, autoconhecimento e a reconquista da individualidade e liberdade por meio da emancipação de algo infrutífero e calcado em sensos hipócritas e egoístas. 

Com seu EP de estreia, Sunset Salore não apenas conseguiu mostrar ao público, de forma clara, a influência de gêneros musicais como o pop, a disco music e o R&B em sua música. Além disso, Love Kills The Monsters evidencia, principalmente a partir de suas três primeiras músicas, a postura imponente de Sunset e sua função em promover, nas ouvintes mulheres, um senso de empoderamento e autovalorização muito perceptíveis especialmente em Call It. Além disso, é inegável a existência de uma atmosfera entorpecente e cinematográfica nas canções do EP, o que o torna ainda mais intrigante.

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