A introdução é regida por uma atmosfera leve e fresca, mas, curiosamente, embebida em um amorfinante senso melancólico graças à maneira com que o violão se apresenta em seus rápidos instantes de protagonismo absoluto. Rapidamente, porém, o cenário é tomado por uma voz masculina de timbre agridoce que começa a desenhar os primeiros traços da camada lírica.
Eis David Goundry que se posiciona à frente do microfone munido por uma interpretação verbal introspectiva e igualmente tristonha. Ao seu lado, um sonar chacoalhante sereno se propõe a inserir os primeiros sinais de composição rítmica, dando à canção, assim, uma contagem estrutural para se guiar. Delicada em sua máxima essência, conforme a faixa se desenvolve, seu aroma vai se tornando cada vez mais entorpecente.
Assim que assume o refrão, aquela percepção melancólica e tristonha, de certa forma, amadurece ao ponto de possibilitar a elaboração de uma harmonia tocante. Hipnotizando o ouvinte graças, também, à companhia de uma voz feminina de timbre agudo e levemente açucarado que se coloca na base sonora como uma espécie de respaldo a Goundry, esse aspecto da canção possibilita ao espectador a identificação de uma forte influência beatleniana sofrida pelo vocalista em Coming Right At You, um single, de fato, embriagante.
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