Seu início é refrescantemente delicado. Frágil em sua essência e agradavelmente aromático em uma mistura de melancolia, conforto e esperança, a intersecção entre violão e piano cria uma atmosfera beatleniana contagiante em tal minimalismo estético. Soando, também, como um abraço acalentador e como um ombro amigo repleto de compaixão, a introdução leva calmamente o ouvinte para o seu primeiro verso.
Nele, a camada lírica começa a ser desenhada por meio de uma voz masculina de timbre adocicadamente aveludada. Vinda de Ivory Lake, ela se apresenta sob uma interpretação não apenas introspectiva, mas, acima de tudo, ligeiramente visceral em seu toque reflexivo-melancólico. Ainda assim, ela é capaz de promover uma atmosfera suave e levemente perfumada que chega, em alguns momentos, a entorpecer o espectador.
Em meio a uma espécie de monocromatismo cinza e um senso de solidão contagiante, a faixa mantém seu minimalismo estrutural, enquanto amadurece sua essência minimalista e se permite experimentar caminhos harmônicos tocantes. Com tal receita, Lake faz de Reckless Enough To Be Free uma canção reflexiva sobre a maneira como lidamos com nossos anseios, evidenciando certas lacunas emocionais que tangenciam o auto-boicote e ligeiras noções de autodesvalorização. Acima de tudo, é uma obra que tenta afastar o ouvinte de sua própria negligência na busca pelos seus sonhos.
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