O primeiro verso da canção, que vem na forma de elemento que puxa a introdução, é nada menos do que desmotivador e tenso. Em forma de sussurro, Anna Wolf já traz a drástica e chocante frase “I think you hate me a lot!”, o que já sugere um mínimo de contextualização sobre o assunto a ser tratado na música.
Embebida em uma atmosfera sombria e sintética conforme vai se desenvolvendo estruturalmente, a obra já vai suscitando o ouvinte a gradativos raios de reflexão. Reflexões essas que não pairam sobre os outros, mas, sim, sobre si. Sobre a forma como se trata e como se percebe internamente.
Com seu timbre agudo e acompanhada por uma guitarra acústica que auxilia na criação de uma ambiência minimalista e acústica, Anna vai propondo uma sonoridade curiosamente synth-rock com traços densos e generosamente melancólicos que beiram o visceral. Deixando escapar os sentimentos de angústia, raiva e agonia, em um súbito, a cantora parece ter um breve lapso esquizofrênico ao deixar sentimentos há muito represados fluírem para além dos armários do inconsciente.
Com essa fórmula, a cantora não apenas convida o ouvinte a olhar para dentro de si e, como foi dito antes, analisar a forma como se trata e se percebe. Com FREE, Anna tem a intenção de auxiliar na libertação do espectador de suas respectivas histórias sombrias e lembrá-los de que eles são capazes de se desvencilhar de qualquer coisa que seja tóxica.
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