O sonar sintético aparentemente fornecido pelo sintetizador dá à canção uma conotação ligeiramente contagiante que cria um surpreendente senso de expectativa no ouvinte referente ao que esperar. Rapidamente, o baixo é ouvido na base melódica com sua postura ácida e rascante trazendo uma atmosfera stoner à obra.
Subitamente acompanhado por poucos e curtos golpes do bumbo que dão ao ouvinte uma rápida percepção da contagem temporal rítmica, o baixo acaba se tornando, de forma gradativa, aquele elemento de postura racional que acompanha todo o enredo lírico como uma espécie de mentor. Enquanto a verbalização se inicia por meio de uma voz feminina de timbre agudo, doce e gélido, o ouvinte acaba sendo convidado a imergir em uma atmosfera irresistivelmente entorpecente.
Fluindo para um refrão em que a própria vocalista se percebe interpretando o conteúdo lírico de maneira amorfinante, a canção, por meio do compasso assumido pela bateria, garante para si não apenas um senso de fluidez, mas algo inesperadamente dançante. Contudo, ainda que isso de fato aconteça e a cantora acabe denotando certo quê de doçura, a obra evolui para algo mais denso e até mesmo sombrio.
Graças ao protagonismo exuberante do baixo em sua estridência ácida stoner, a seriedade e a repulsa tomam conta da atmosfera. Com esse viés estrutural, o Gilda House faz de How Bad uma canção que, embebida em uma agressividade sintética, estimula o ouvinte a amar o que e quem se ama, respeitando a si e a seus próprios sentimentos.
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