Um uníssono bojudo-rítmico é o elemento responsável por puxar a introdução. Baixo e o sonar da bateria já entregam noções de consistência e corpo a uma canção que ainda está em seu embrionário processo de desenvolvimento. Ainda assim, seu amanhecer é capaz de encaminhar o ouvinte para um cenário aveludado e agradavelmente calmo, marcado pela suavidade aguda da guitarra e pelo teor entorpecente do teclado de Bob Crawford.
Nesse ínterim, uma voz feminina aguda e de leves toques doces surge em cena a partir de sobrevoos monossilábicos, como se estivesse em um processo de transe. Com sua pronúncia calcada em uma arquitetura soul que acaba interagindo homogeneamente com a paisagem melódica, Renee A Penaloza abraça o espectador com sua delicadeza de fundo visceral.
O interessante, aqui, é notar que, enquanto Renee vai introduzindo uma interpretação profundamente sentimental, a paisagem rítmico-melódica da canção vai encaminhando o espectador para uma espécie de cenografia psicodélica cheia de uma sensualidade intrigante. Tal identidade se matura inquestionavelmente no momento em que a obra atinge o refrão.
Nele, não apenas o caráter psicodélico, ou menos não somente a sensualidade, mas o que acaba se destacando é uma essência romântica que, a partir desse ponto, passa a contaminar todo o enredo da canção. Eis então que Rewrite Time se mostra uma obra em que o Razteria conta a história de uma paixão possível de existir somente em um universo paralelo.
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