Por meio do piano, a paisagem que se forma ao ouvinte não é apenas dramática. É melancólica, densa. Visceral. Ainda que o instrumento tente incitar notas de delicadeza, a atmosfera já se encontra tomada por uma energia cabisbaixa, algo que se repete, inclusive, na maneira como Ju$t Jill pronuncia as palavras que desenham o enredo lírico.
Embebida em seu timbre agudo e fanhoso, a cantora vai despejando notas de uma introspecção reflexiva profunda. Enquanto isso, o beat, preciso e consistente, vai dando a Won’t Take It From Me uma fluidez a partir de sua paisagem rappeada. E é justamente aí que o ouvinte consegue notar um cansaço existente no enredo lírico, mas que, ao mesmo tempo, é abraçado por uma surpreendente postura empoderada notável, mas que se encontra desgastada.