Após o sonar de uma discagem telefônica, o ambiente se torna curiosamente entorpecente em sua maciez sintética e curiosamente adocicada. Ainda que tal paisagem se concretize no desenrolar da introdução, é possível notar, na interpretação lírica assumida pela voz masculina de timbre agridoce vinda de St. Niklas, toques de uma melancolia chamativa.
Evoluindo para uma roupagem levemente dançante graças aos golpes sequenciais do bumbo durante o primeiro verso e, inclusive, o pré-refrão, a canção explode em uma atmosfera, de fato, dançante. Embebida em uma mistura de indie pop e new wave, a canção consegue ser contagiante ao mesmo tempo em que soa, de certa forma, entorpecente.
Ainda que tais sensos de fato sejam disseminados conforme a composição vai se desenvolvendo, um contraponto interessante reside no enredo lírico proferido pelo vocalista. Afinal, em phone calls from home, ele acaba colocando em pauta a transformação de papéis sofrida para aquilo que, antes, eram apenas ligações telefônicas de amor.
Agora se tornando uma espécie indutiva de ansiedade, essa ação, relatada em phone calls from home, leva o ouvinte a refletir sobre até que ponto é saudável manter relações via telefone ou, mesmo, à distância. Uma faixa facilmente indicada para fãs de indie pop que queiram se distrair, mas, também, pensar sobre seus próprios atos inerentes às suas relações amorosas.
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