O sonar de violinos entra em cena já causando uma boa impressão de sincronismo e movimento. Com leve toques de drama a partir de suas essências clássicas, os instrumentos, conforme a canção vai se desenvolvendo, acabam funcionando como elementos a construir uma base melódica de aparência curiosamente cinemática que passa a intrigar o espectador.
No momento em que o primeiro verso se inicia, porém, a canção passa a contar com a presença de uma bateria acústica que surge por entre uma levada sincopada que dá ainda mais corpo e embasamento à noção de movimento anteriormente ofertada pela sonoridade inicial. Nesse ínterim, uma voz masculina de timbre intermediário e ligeiramente ácido surge no intuito de fornecer os primeiros contornos do enredo lírico.
Se tornando um tanto dramático ao passo que a canção vai entrando em um processo de crescente harmônica, a canção acaba mergulhando em um refrão melodioso que chama a atenção pela sua delicadeza estética. Ainda que embebido em uma mesma estrutura rítmico-melódica, o refrão é o único momento capaz de oferecer ao espectador a perfeita audição do baixo e de seu groove ligeiramente encorpado.
No entanto, o que de fato acaba chamando a atenção em Illusion é o fato de ela ser agraciada por sonares de metais, como trompete e saxofone, que coopera com o engrandecimento de sua esfera harmônica. A partir de tal percepção, a faixa se torna marcante aos ouvidos do espectador.
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