O início da canção não causa estranhamento ou qualquer sinal de desconforto. O que dele é proporcionado vai muito longe de um simples susto. É a surpresa no seu âmbito mais positivo. Afinal, por meio de uma dupla de guitarras rebolantes em sua sincronia sensual, a música ainda é capaz de transpirar certo grau de crueza que enriquece a sua estrutura.
Graças ao compasso sujo da bateria, a qual permite uma fluidez trotante do chimbal junto ao bumbo, o lo-fi, por meio da crueza já salientada é observado ao lado de um princípio de hard rock. Assim que o primeiro verso se inicia, uma voz masculina de timbre intermediário e levemente aveludado começa a desenhar o enredo lírico.
Nesse ínterim, o que a estrutura rítmico-melódica passa a ofertar é um cenário que remete ao regionalismo nordestino brasileiro, com suas levadas sincopadas e quebradas provenientes dos subgêneros do baião e do xote. Em clima de festa, essa sonoridade faz valer um curioso convite à dança, algo que é obedecido prontamente pelo ouvinte, que já se percebe hipnotizado pelo swing afiado da composição.
Assim que o sonar adocicadamente ácido do hammond é ouvido perambulando a superfície melódica, o ouvinte tem a certeza, então, de que Sambwich é uma canção que transita entre o hard rock, o progressivo e o psicodélico. Com essa receita estética, o Goetia visa disseminar a mensagem de empoderamento ao provocar a celebração pela vida.
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