O violão surge cru e com uma postura interessantemente realista, como se a verdade fosse algo iminente, sem a possibilidade de qualquer tentativa de mudança ou enganação. Fresca em sua essência séria e melancólica, a sonoridade criada pelo instrumento cria uma pintura de paisagem bucólica que ganha um surpreendente charme. Perto do despertar do primeiro verso, o violão passa a ser acompanhado pela contribuição excêntrica e denotativamente campestre do sonar do banjo, que aromatiza todo o cenário melódico de maneira bastante agradável. Regada por um lirismo desenhado por uma voz masculina de timbre afinado e quase aveludado, Time chama a atenção do ouvinte pela sua delicadeza intimista de notas entristecidas.
Explorando uma mesma estrutura introdutória, a nova composição nasce apenas com o auxílio do violão. No entanto, a paisagem aqui desenhada sugere algo mais alegre e ligeiramente sorridente que encanta o espectador pela sua energia branda e até mesmo reconfortante. Com direito aos uivos aveludados da guitarra lap steel, o clima sertanejo abraça o ouvinte como um cobertor em uma noite fria. Ainda mais intimista que Time, Old Machine se mostra uma verdadeira e tocante balada cuja harmonia simples, mas emotiva, é capaz de acalentar até mesmo os corações mais frios.
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