É curioso. Afinal, apenas com um violão exercendo frases curtas, a introdução consegue fornecer melodia e um senso tocante notável. Seu estímulo é atraente e chega a até mesmo ter um caráter motivacional, o que acaba sendo intrigante. Com tal minimalismo estético, mesmo que prematuramente, a obra oferece uma estrutura sonora acústica embebida na paisagem bucólica do folk.
Fresca, mas ao mesmo tempo capaz de experimentar nuances de uma melancolia embrionária, a faixa ainda consegue soar um tanto crua, mas sem prejudicar as suas texturas macias hipnóticas. Surpreendentemente, tal senso entorpecente é rompido assim que um coro de vozes entra em uníssono, e de forma madura, moldando os primeiros sinais do enredo lírico.
Proporcionando, a partir de então, uma arquitetura interpretativa a ponto de soar como um folk irlandês de bar, a canção, finalmente, se apresenta em sua forma mais desenvolta. É aí que se evidencia, inquestionavelmente, a sua essência acústica e folk em meio a experimentalismos minimalistas calcados, especialmente, na propagação da harmonia através das nuances líricas. Don’t Wanna Be Your Frankenstein é, definitivamente, e de fato, um verdadeiro e intrigante redemoinho de simplicidade, mas não sem ser de extremo contágio. Afinal, a cada esquina melódica o ouvinte se sente fisgado pela energia transcendente oferecida tanto pelo violão quanto pelos coros vocais.
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