É tão reconfortante quando uma introdução recebe o ouvinte com a mais pura gentileza e delicadeza. Com seu perfume frágil e sua estrutura doce, o amanhecer fornece exatamente essa experiência: a de uma receptividade educada e, até, de certa forma, acalorada. Embebida em um estado de veludo charmoso fornecido pela excentricidade da viola, o alvorecer leva o ouvinte para um mundo de sensações capazes de serem emocionais em virtude da nostalgia que acende.
Junto com o sonar típico e bucólico da sanfona abrilhantando o cenário com sua delicadeza adocicadamente ácida, teclado e percussão formam um escopo harmônico-sonoro tocante, ao passo que o enredo lírico começa a ser desenhado. Fornecido por uma voz masculina de timbre afinado em seu toque ligeiramente fanhoso, o conteúdo verbal ganha vida através da interpretação intimista de Patricio Anabalón.
Na forma de um folk chileno gracioso, perfumado e, consequentemente, aromático, Nubes se mostra uma canção que ensina o ouvinte, de forma didática e sensitiva, a atingir a mais sincera atitude de gratidão. Gratidão pelo que se tem e pelo que não se tem. É uma espécie de aprendizado de vida perante a verdadeira necessidade para se ter qualidade e bem-estar com a rotina. É um verdadeiro convite para a reflexão por meio de uma estrutura musical cheia de charme, bucolismo e introspecção.
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