O vídeo já é iniciado de forma a explorar a combinação entre o claro e escuro ao mesmo tempo em que causa um ligeiro, mas incômodo, senso de claustrofobia no espectador. Baseado em takes que aparentam uma arquitetura caseira, o videoclipe logo destaca a brincadeira, proposital ou não, da artista em contrabalancear a depravação com o beático.
De sonoridade sensual, a canção acaba ganhando vida através de imagens que se baseiam em uma atmosfera mais densa e propositadamente sombria. Ainda assim, o ouvinte percebe a experimentação de tons quentes nas imagens de maneira a sugerir súbitos de ardência na narrativa visual.
Trazendo menções do puro e do impuro, o vídeo, dirigido por Katya Ganfeld, auxilia na amplificação da mensagem lírica de Bad Things Right. Na composição, Salt Ashes, também conhecida como Veiga Sanchez, se mostra fortemente apoiada na rejeição dos julgamentos e das expectativas pré-concebidas em relação ao comportamento alheio.
É assim que a artista faz de sua obra dark synth-pop um grito de basta em relação ao conservadorismo social e explora seu senso de autoconhecimento e rebeldia. Visualmente, são as chamas e os atos tidos como impuros que brincam com a percepção de revelia e sensualidade como provas do não enquadramento em em um cenário formado por pessoas de identidades homogêneas entre si.
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